Meus Canais

E vou no que veio pra onde cê vai.

Foto: Jani Landim


                                                        
Sobe na garupa do meu cavalo
Deixa eles pra trás e vamos
Pra onde eu possa olhar nos teus olhos.
Deixa que os meus te peçam um beijo
já que minha boca cala em frente a tua.

Mais tardar,
No dia seguinte,
Naquela estação
No mesmo horário,
Nossos expressos se cruzam.

E vou no que veio pra onde cê vai,
E vai no que veio de onde eu vou.

Na vinda só versos me seguem.
Não te compreendo,
Me dá uma pista
E vejo que a vista o mesmo que vi.

A gente se fecha
Pra tais armadilhas
E vê que há trilhas no “mei” do caminho.
Me sinto um menino pra tanto silêncio.
Calado eu pertenço a quem me deixou


Imunes seguimos
Com rumos cruzados
Sem beijo, nem abraços
Que levam a gente pra tal tentação.
Agente se esconde
Fugimos pra onde?
E vai que uma noite a gente se cruza
Na mesma garupa.
Ou nessa estação.

(Icó-Fortaleza)

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