Meus Canais

Yes, baby! This is For All !



Tem quem pergunte de onde vem a animação da minha turma da Arquitetura. Eu sempre respondo que é porque não temos frescura. Vai .. Então vamos discutir sobre estilos musicais. Não é de hoje que escuto certos preconceitos ou que os preconceituosos demonstram-se surpresos ao saber que gosto e defendo o Forró atual. Poderia até usar aquela velha frase: "Gosto é igual a... cada um tem o seu!". Mas é desse jeito que se rebaixa o nível intelectual, e não escutando um estilo que não se gosta como uma pessoa me falou. O pior de tudo é ouvir uma galera se julgando intelectual e deixando-se levar pelo preconceito e a pela generalização. Ou melhor: "Bem aventurados são aqueles que tiram de qualquer batucada que se escuta um entretenimento e um motivo para esbanjar alegria."

Entendo quando dizem que isso não é como o forró de origem. Isso é óbvio, vivemos num mundo de renovações com um rápido desenvolvimento tecnológico. Os ritmos e estilos vão atualizando-se e cada vez mais incorporando essas tecnologias, como instrumentos equipamentos mais sofisticados. Não é igual ao do Gonzagão, mas continua sendo forró. Quando se tem um mínimo de curiosidade para procurar saber mais sobre, e se parar para analisar, descobrirá que o forró que escutamos hoje é uma derivação daquele que ouvimos somente com a sanfona, o triangulo e o zabumba.



Analisando superficialmente as comparações que fazem entre o forró pós-Gonzaga , por exemplo, da geração Mastruz com Leite às bandas que se destacam hoje, percebemos já uma grande diferença de lá pra cá. O forró da Mastruz é um forró mais romântico e tradicional, quando ainda se canta a vida do vaqueiro, riquíssimo em letras e melodias. Mas se compararmos os ritmos, percebemos claramente que o atual é muito mais ousado e variado. Já, no que diz respeito as letras, o de atual sai perdendo pelo o exagero de palavras apelativas na maioria das músicas. Mas, mesmo assim, para o conhecimento dos preconceituosos, o tal forró universitário ainda conta com apoio de grandes compositores. Um grande exemplo é o Dorgival Dantas e se não for o maior exemplo. Um dos maiores responsáveis por eu está aqui, ainda mais determinado, defendendo o estilo músical que cresci escutando, curtindo, cantando e tirando o melhor proveito que encontrei.

As tais músicas, por mais que não sejam tão profundas como semelhantes às do Dorgival, também se tira um proveito, a alegria e a distração. Se uma música não te toca, nem você quer tocá-la é porque você se fecha ao preconceito, mas saiba que preconceito é o pecado dos ignorantes e dos generalistas, então deixe-nos curtir elas, que esse seu papinho de empobrecimento de intelecto, mostra sua ingenuidade, não tendo certamente nem conhecimento sobre um pouco da história da música que você diz gostar. Quer ver?! Provavelmente você que se diz gostar de uma música de qualidade, vangloria a Bossa Nova, o ícone musical brasileiro, mas nunca ouviu falar que a Bossa nova é um estilo elitista que derivou do samba popular do Rio da década de 10, que também falou de consumismo, amor de cabaré, vida fácil, enfim, Essas coisas que você discrimina e também, não dá bom exemplo. Num venha dá uma de intelectualzinho que curte as coisas papaizinho escutava, e que vê na TV a mentira dizendo que só aquilo presta. Olha pra tua cultura e não queira se isolar do que te cerca!

O Problema é que tem gente que só para pra analisar o que não gosta. E ,às vezes, dizem gostar de uma boa música só pelo fado de ouvir falar que aquilo é uma boa música, sem nunca ter nem refletido sobre o que está ouvindo. Um poema, sendo erótico, não há diferença se é explícito ou implícito, tratam do mesmo assunto. Isso também é Música e o simples fato de musicar qualquer coisa é uma arte e toda arte só se pode questionar ou julgar quem reflita ou interprete sobre o produto dela. Para a arte não importa o conceito, se é bom ou ruim, se é feio ou bonito, Se é esculhambado ou se é descente. O que importa é que dela tiremos um bom proveito, para nosso intelecto e/ou para o nosso corpo (nosso bem está).

Se, por acaso, esse tipo de música te induz ao que não presta, meu conselho é:
Esqueça o que ela tá mandando você fazer, seja inteligente para tomar uma decisão e venha sem preconceito ver o quanto é bom a animação da nossa festa.

Isso vale para todo os gostos. Aprendamos a ouvir o que está se tocando. E tenha certeza que toda letra de música tem uma história, podendo ser ela séria, romântica ou engraçada. E antes que questione a letra: "Barabadabada, Berebedebede..." procure saber a história dessa música e de seu compositor. Tem sempre algo por trás do que não entendemos.


Um comentário:

  1. Pedro Lucca causando po-lê-mi-ca!

    Eu sou uma dessas pessoas que não curte o forró atual. Claro, algumas músicas são divertidíssimas, mas não é bem meu estilo e cada um tem o seu.
    Acho que essa "carapuça intelectual" tá defasada e o que acontece hoje em dia é que essas pessoas (que tanto falam mal de forró e seus derivados) são vistas como pedantes sempre que tratam com desprezo qualquer estilo não-intelectual. Hoje em dia existem milhares de estilos geniais que não se utilizam de letras rebuscadas. O hipster-brega é um exemplo disso, - eu SUPER curto e acho maravilhoso.

    Vai entender o ser humano, né...

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